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O plano do governo Lula para a próxima década industrial brasileira coloca, mais uma vez, o Estado como indutor do crescimento do setor, atuando por meio de linhas de crédito, subsídios e fortalecimento da produção local. Com ações voltadas aos gargalos da produção nacional, o plano abrange diversas áreas em que a “neoindustrialização”, como é mencionado no documento, seja necessária. Setores como agroindústria, saúde, infraestrutura, moradia e transportes serão contemplados, com um pedaço especial reservado para a indústria de Defesa, em uma sinalização às Forças Armadas. O plano é interministerial – contou com colaboração de ao menos 20 pastas – e será mostrado a Lula na segunda-feira pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.  

As diretrizes estipulam, entre outras metas, que o setor agroindustrial represente 50% do PIB do agronegócio até 2033 (hoje, são 23%), e que o Brasil produza 70% dos insumos necessários na área de Saúde, como medicamentos, vacinas e materiais cirúrgicos. Atualmente, apenas 42% das necessidades nacionais são atendidas com produção brasileira. Pelo texto, um Projeto de Lei será apresentado para que o BNDES retome os financiamentos para obras brasileiras no exterior. No setor de moradias, uma das metas que mais chamam a atenção é a ideia de gerar e abastecer, por energia solar, a demanda das residências do Minha Casa, Minha Vida. (Folha)