‘Aquilo não poderia acontecer se o Estado não quisesse’, diz Lula sobre ataques pré-8/1

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No dia da diplomação de Lula como presidente, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 12 de dezembro de 2022, houve queima de veículos e tentativa de invasão da sede da Polícia Federal. Para ele, durante esses ataques, havia um “pacto” entre o então presidente Jair Bolsonaro, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, a Polícia do Distrito Federal e a Polícia do Exército. “Aquilo não poderia acontecer se o Estado não quisesse que acontecesse”, afirmou ao Globo. Dias depois, na véspera do Natal, houve um atentado frustrado a bomba nos arredores do aeroporto de Brasília. E Lula temia uma tentativa golpista na sua posse, em 1º de janeiro do ano passado. “Não tinha visto o que eu vi aqui. Foi uma coisa inusitada, depois de uma eleição… Eu imaginava que eles tentassem fazer alguma coisa na posse. Acho que eles ficaram com medo porque havia muita gente”, disse.

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Nos primeiros dias de seu terceiro mandato, Lula estava incomodado com os acampamentos em frente aos quartéis e, antes de viajar para Araraquara (SP), onde estava durante os atos golpistas de 8 de janeiro passado, conversou com o ministro da Defesa, José Múcio. “Viajei tranquilo. Não me passava pela cabeça que eu ia ser pego de surpresa com aquela manifestação. Sinceramente, não tive as informações corretas que tinha possibilidade de acontecer aquilo. Tinha informação de que acampamentos estavam acabando, mas depois tive informação que, no sábado, começou a chegar gente de ônibus nos acampamentos. Não imaginei que pudessem chegar à invasão.”

Para o presidente, os ataques de 8 de janeiro devem servir de exemplo para as pessoas levarem a democracia a sério. “Democracia é o direito de a gente divergir, discordar, falar o que quer desde que respeite os direitos dos outros e as instituições que nós criamos para garantir a própria democracia”. (Globo)

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