Meio

A guerra no Oriente Médio, que já deixou quase 21 mil mortos e 55 mil feridos na Palestina, segundo as autoridades locais, motivou uma medida de solidariedade na Síria. A Igreja Católica do país cancelou as festividades da mais importante festa cristã em homenagem às vítimas deixadas por Israel na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, quando o grupo terrorista Hamas provocou o maior atentado à nação judaica desde a fundação, em 1948. De acordo com Dionysius Antoine Shahda, arcebispo católico de Aleppo, capital síria, “as pessoas estão sofrendo na Palestina, local de nascimento de Jesus Cristo”.

Segundo a agência de notícias AFP, não há as tradicionais decorações natalinas nas ruas das principais cidades do país, e as orações dos grupos católicos locais foram todas direcionadas à Faixa de Gaza. Instituições ortodoxas sírias e também gregas emitiram comunicado apoiando a decisão católica. O Natal ortodoxo, vale lembrar, é celebrado em 7 de janeiro e, segundo a nota publicada na imprensa local, vão seguir a atitude das autoridades católicas.

Neste domingo, novos ataques desabaram sobre Gaza e, conforme o Ministério da Saúde da autoridade nacional palestina, o principal alvo das forças israelenses foi um campo de refugiados em Maghazi, no centro de Gaza. As bombas caíram pouco antes da meia-noite na região onde, segundo a tradição cristã, Jesus Cristo nasceu. Pelo menos 70 mortos foram contabilizados, sendo 12 mulheres e uma criança. (Folha e UOL)