Trabalho infantil cresce e atinge quase 5% dos jovens entre 5 e 17 anos do país, aponta IBGE
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Quase 1,9 milhão de crianças e adolescentes do país estão em situação de trabalho infantil. Esse total equivale a 4,9% dos jovens entre 5 e 17 anos, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua 2022, divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE. O resultado mostra que esse contingente, que havia caído de 2,1 milhões (5,2%) em 2016 para 1,8 milhão (4,5%) em 2019, cresceu 7%, chegando a 1,88 milhão, apesar da diminuição de 1,4% dessa população, de 38,8 milhões para 38,4 milhões. Em 2020 e 2021, não houve coleta de dados devido à pandemia de covid-19. Essas crianças e adolescentes tinham renda média mensal de R$ 716, pouco mais da metade do salário-mínimo de 2022, que era de R$ 1.212,00. Um total de 756 mil menores exercia atividades da Lista TIP, consideradas as piores formas de trabalho infantil no país, como construção civil, matadouros, oficinas mecânicas, comércio ambulante em locais públicos, coleta de lixo e venda de bebidas alcoólicas. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define trabalho infantil como aquele que é perigoso e prejudicial para a criança ou adolescente que interfere na sua escolarização. (g1)