Reféns mortos em Gaza por Israel carregavam bandeira branca, diz investigação

Receba as notícias mais importantes no seu e-mail

Assine agora. É grátis.

Os três reféns israelenses mortos a tiros por tropas de Israel em Shejaiya, na Cidade de Gaza, estavam sem camisa e um deles carregava uma vara com uma bandeira branca improvisada, anunciou o Exército neste sábado, após uma investigação preliminar sobre o fogo amigo. Yotam Haim, Samar Talalka e Alon Lulu Shamriz conseguiram fugir do Hamas pouco antes de serem mortos a tiros pelas tropas israelenses na manhã de sexta-feira. Os reféns foram alvejados depois de um soldado, que estava em edifício, ter identificado três figuras suspeitas saindo um prédio a dezenas de metros de distância. O soldado, que acreditava que se tratava de uma tentativa do Hamas de atrair militares para uma armadilha, imediatamente abriu fogo e gritou “terroristas”. Segundo a investigação, ele matou dois dos homens, enquanto o terceiro, atingido e ferido, fugiu para o prédio de onde veio. O comandante do batalhão, então, saiu e ordenou cessar-fogo. Enquanto isso, alguém – provavelmente o terceiro refém – gritava “socorro” em hebraico. Momentos depois, ele saiu do prédio para onde havia fugido e outro soldado abriu fogo, matando-o. De acordo com a investigação, os dois soldados que atiraram descumpriram os protocolos, além de o cenário de reféns andando numa zona de batalha não ter sido levado em consideração pelos militares. O Exército enviou novo protocolo às tropas terrestres devido à possibilidade de mais reféns conseguirem fugir do cativeiro. (The Times of Israel)

PUBLICIDADE

Com o aumento da pressão sobre as autoridades israelenses, devido à execução de três reféns pelos militares do país, o governo retomou as negociações para uma nova libertação de sequestrados. O chefe do Mossad, David Barnea, reuniu-se com o primeiro-ministro do Catar, Mohammed Bin Abdul Rahman Al Thani, para discutir um acordo para de libertação de reféns em Gaza. Em Tel Aviv, ex-reféns e suas famílias criticaram e cobraram ações do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e do gabinete de guerra de Israel. O grupo, que ainda tem parentes detidos, afirma que governo não está fazendo o suficiente para que as cerca de 130 pessoas que seguem em poder do Hamas sejam soltas. (The Jerusalem Post)

Encontrou algum problema no site? Entre em contato.