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No Palácio do Planalto, já é dado como certo que a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), assumirá uma pasta na reforma ministerial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará no início de 2024. O que Lula ainda não definiu é qual ministério ela vai comandar. Quatro opções estão colocadas: a pasta da Justiça, que será deixada por Flávio Dino, caso seu nome seja aprovado no Senado para o Supremo Tribunal Federal (STF); a Secretaria-Geral, hoje comandada pelo ministro Márcio Macedo, que deverá sair para disputar a prefeitura de Aracaju; o Ministério de Desenvolvimento Social, atualmente nas mãos de Wellington Dias, e a Casa Civil, coordenada por Rui Costa.

A Casa Civil é considerada a opção mais remota, visto que há dúvidas sobre a realocação de Rui Costa em outro ministério. Apesar das especulações sobre a pouca habilidade de articulação política do baiano, ele reune características de gestão, um perfil escolhido por Lula para essa função. Também não há definição sobre o desmembramento da pasta da Justiça da Segurança Pública.

Uma coisa é certa: ministros palacianos já olham com preocupação a presença de Gleisi no terceiro ou quarto andar do prédio, com acesso ao presidente. Se por um lado uma eventual chegada de Gleisi fortalece o PT no governo, por outro, aumenta a disputa pela atenção do presidente. Não importa a pasta que ela assumir, a previsão é que a deputada seja uma das vozes mais ouvidas por Lula. Nesse contexto, o temor é que ela acabe extrapolando suas funções e opinando sobre matérias dos demais ministros.

Gleisi tem uma forte influência sobre Lula, era nome certo no período da transição para ter um cargo na Esplanada, mas acabou ficando de fora, cumprindo a tarefa dada pelo presidente de permanecer no comando do PT.

De acordo com interlucutores do Planalto, o Ministério de Desenvolvimento Social é o desejo da petista. A pasta é responsável pela gestão do programa Bolsa Família, o principal programa social do governo e marca de Lula.