Meio

Às vésperas da sabatina no Senado, marcada para o próximo dia 13, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai pedir votos para seu indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça, Flávio Dino. O Palácio do Planalto avalia que Dino será aprovado, mas Lula não quer dar “sopa para o azar”, como costuma dizer, e tentará atrair os indecisos, que chegam a quase 20. Dino enfrenta resistência de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem travou vários embates desde o 8 de janeiro. A oposição quer revanche e promete ser mais dura do que em junho, quando Cristiano Zanin foi aprovado no Senado. Como a votação é secreta, o caminho para traições é livre. Pelas contas do governo, Dino receberá no mínimo 50 votos – ele precisa de ao menos 41 votos no plenário. A aliados, Lula disse que vai telefonar para os parlamentares a fim de garantir a aprovação de Dino com o máximo de votos. Ele foi aconselhado a nomear o sucessor na Justiça antes da sabatina, mas ainda não deu sinal de que fará isso. A sabatina na Comissão de Constituição de Justiça deve ocorrer simultaneamente à de Paulo Gonet, indicado para a Procuradoria-Geral da República. Esse modelo provocou a ira da oposição, que acredita que o objetivo é facilitar a aprovação de Dino. (Estadão)