Safra questiona na Justiça legalidade do acordo da Americanas com bancos
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Na primeira reação mais forte do Banco Safra ao plano de recuperação judicial da Americanas, a instituição protocolou na tarde desta segunda-feira uma petição de 40 páginas no processo, solicitando um novo plano sob alegação de inconstitucionalidade e ilegalidade de uma série de cláusulas. O banco solicita a exclusão dessas cláusulas e elenca cinco ilegalidades como “tentativas de fraude”. O Safra diz que há vícios no plano e prevalência de “vontades individuais de um grupo particular em detrimento do interesse coletivo” e que há uma tentativa de aprovação em assembleia geral de credores no “apagar das luzes” de 2023, um dia antes do recesso forense. Sobre as ilegalidades, o Safra cita cláusulas que tratam do compromisso dos credores de não litigar contra a empresa, o que representa “coação e abuso de direito ao macular a manifestação de vontade dos credores na escolha da opção de pagamento”. O Safra não aderiu ao acordo fechado em 27 de novembro entre o trio de acionistas de referência da varejista (Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira) e Bradesco, BTG Pactual, Itaú Unibanco e Santander Brasil, que respondem por 35% da dívida de R$ 42,5 bilhões. O Safra tem R$ 2,5 bilhões a receber. (Valor)