Argentinos vão às urnas neste domingo para eleger o novo presidente

Foto: Maximiliano Vernazza, Luis Robayo / AFP
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Neste domingo (19), a Argentina vai conhecer o próximo ocupante da Casa Rosada. Neste segundo turno da eleição presidencial do país vizinho, o atual ministro da Economia, o peronista Sergio Massa, enfrenta o radical de direita Javier Milei. As pesquisam indicam uma disputa acirrada, onde cada voto terá peso significativo. Os dois candidatos foram às urnas logo cedo. Até as 12h, 30% dos eleitores argentinos já haviam exercido seu direito de voto, conforme relatado pela Câmara Nacional Eleitoral (CNE). Este índice de comparecimento é similar ao observado no mesmo intervalo de tempo do primeiro turno, quando 29,6% dos eleitores habilitados já haviam votado. O resultado será divulgado ainda na noite de hoje.

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Durante a campanha, Massa e Milei apresentaram planos distintos. O governista defende o aumento das exportações e a redução dos gastos do Estado, visando a atingir um déficit zero nas contas públicas. O orçamento aprovado pelo Congresso para 2023 estima um déficit de 2,5% do PIB, mas o mercado prevê até 3%. Massa também propõe a renegociação do acordo com o FMI, que ele denomina como “inflacionário”. Já Milei adota uma posição mais radical, defendendo a dolarização da economia, inspirado nos exemplos do Equador, El Salvador e Panamá. Essa iniciativa foi uma das principais bandeiras do candidato da extrema direita, juntamente com a promessa de eliminar o Banco Central, embora tenha enfrentado resistência de economistas, incluindo aqueles simpatizantes à sua campanha. Muitos apontam que, embora a dolarização possa ter efeitos positivos em um primeiro momento, pode não ser tão vantajosa a médio ou longo prazo, como ilustrado pelo exemplo equatoriano.

Em meio a acusações não comprovadas de fraude eleitoral, uma economia fragilizada, índices elevados de inflação e candidatos com altos níveis de rejeição, esta eleição promete ser a mais polarizada na Argentina desde 1983, quando o país retornou à democracia após a última ditadura militar. (Clarín, Globo e Estadão)

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