Com dúvidas sobre a meta de 2024, analistas apontam fragilidade do arcabouço fiscal

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Alexandre Schwartsman: “Tem um prazo de validade nessas tentativas de segurar o gasto de cima para baixo, mas esse prazo está encolhendo. As metas fiscais aguentaram até 2007, 2008. O teto de gastos foi criado em 2016, implementado em 2017, e aguentou alguns anos. O novo arcabouço fiscal bateu recorde: está desfeito antes de começar a operar. O prazo de validade dele foi negativo. É um novo recorde para o País. Pode hastear a bandeira e cantar o hino. É um motivo para sentir orgulho de ser brasileiro”. (Estadão)

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Bruno Carazza: “A declaração de Lula na última sexta-feira trouxe consigo sinais de que as resistências da ala política do governo ao programa fiscal do Ministério da Fazenda são muito maiores do que se imaginava, potencializando a incerteza dominante do mercado se o arcabouço fiscal sobreviverá ao primeiro ano de teste. Já no Congresso, a principal medida estrutural de sua gestão, a reforma tributária, vem sendo descaracterizada no Senado pela ação dos mais diversos lobbies. Aliás, não se viu Haddad entrar em campo nas últimas semanas para convencer os senadores a blindarem a PEC nº 45/2019 de novas exceções e tratamentos privilegiados”. (Valor)

Sergio Vale: “Acho que essa meta caminha para ser revista todos os anos para baixo. Mas o custo será cada vez maior porque para 2025 era para ser superávit de 0,5%. Suponha que eles ajustem para baixo, um superávit menor, de 0,25%, por exemplo. Mesmo sendo positivo, vai passar a ideia de que o governo de partida foi muito mais ambicioso do que se conseguiria entregar, e isso ocorre pela fragilidade do arcabouço em si”. (Globo)

 

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