‘Não sou amigo de miliciano’, afirma Dino em comissão da Câmara

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Discussão, bate-boca e alfinetada. Assim foi a audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados com o ministro de Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino, nesta quarta-feira. A confusão envolveu inclusive parlamentares da oposição e do mesmo partido. O estopim foi o uso do palavrão “porra” durante um questionamento do deputado Éder Mauro (PL-PA) sobre facções criminosas. “Eles [criminosos] fazem o que querem e vocês do ministério [da Justiça] não fazem porra nenhuma para resolver o problema”, afirmou o parlamentar, que foi imediatamente interrompido pela presidente da CFFC, Bia Kicis (PL-DF). “Deputado, por favor, vamos só cuidar das palavras”, repreendeu, pedindo à assessoria para retirar o palavrão das notas taquigráficas. Mauro não se deu por vencido e fez questão de, ironicamente, repetir a expressão: “Está bom. Então retire a palavra ‘porra’ daí”. Dino foi pressionado principalmente sobre a situação da segurança pública no país. Ao falar sobre o Rio de Janeiro, o ministro fez ataques indiretos ao ex-presidente Bolsonaro e sua família. “Eu não homenageio miliciano, não sou amigo de miliciano, não sou vizinho de miliciano, não empreguei no meu gabinete filho de miliciano, esposa de miliciano, e, portanto, não tenho nenhuma relação com o crime organizado no Rio de Janeiro”, afirmou Dino, acrescentando que um dos maiores erros políticos do estado foi o apoio às milícias, que, segundo ele, partiu de políticos. (Metrópoles e Estadão)

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