Cinco pontos sobre o novo presidente da Câmara dos Representantes dos EUA

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O deputado republicano Mike Johnson, da Louisiana, foi eleito novo presidente da Câmara dos Representantes Estados Unidos nesta quarta-feira. O advogado conservador, de 51 anos, opôs-se à certificação das eleições presidenciais de 2020, votou contra a extensão da ajuda à Ucrânia, é contrário ao aborto, é aliado próximo do ex-presidente Donald Trump e é favorável a restrições à comunidade LGBTQIA+.

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Eleições de 2020: Johnson contestou o resultado das últimas eleições presidenciais americanas, defendendo que o então presidente Donald Trump permanecesse forte e continuasse lutando enquanto tentava reverter sua derrota para o democrata Joe Biden. Ele também se opôs à certificação da vitória de Biden e foi um dos arquitetos de um ataque legal ao pleito, liderando um grupo de 126 legisladores republicanos ao alegar, na Suprema Corte, que as autoridades de Geórgia, Pensilvânia, Wisconsin e Michigan tinham “usurpado” a autoridade constitucional das legislaturas estaduais ao afrouxarem as restrições de voto por causa da pandemia. O tribunal rejeitou a alegação, assim como todas as outras moções relacionadas.

Guerra na Ucrânia: membro do Comitê dos Serviços Armados da Câmara, foi um dos 57 legisladores republicanos que, em maio, votaram contra um pacote de ajuda de US$ 39,8 bilhões à Ucrânia. Ele alegou que os EUA não deveriam enviar outros US$ 40 bilhões ao exterior sem supervisão suficiente sobre para onde irá o dinheiro, quando a fronteira do país “está um caos, as mães americanas estão lutando para conseguir leite para seus bebês, os preços da gasolina estão em níveis recordes e as famílias americanas lutam para sobreviver”. Apesar de a maioria dos líderes republicanos continuar apoiando a ajuda à Ucrânia, pesquisas mostram um ceticismo crescente e uma queda acentuada no apoio a mais assistência militar nas bases do partido.

Aborto: advogado constitucional que se identifica como cristão, Johnson se opõe ao aborto e comemorou a decisão da Suprema Corte de anular a decisão histórica, de 1973, que estabeleceu proteções constitucionais para a interrupção da gravidez em todo o país. “Não há direito ao aborto na Constituição, nunca houve”, disse à Fox News no dia em que a decisão foi anunciada, chamando-a de “uma grande e alegre ocasião”.

Donald Trump: aliado próximo do ex-presidente americano, Johnson atuou na equipe de defesa do republicano nos dois julgamentos de impeachment que enfrentou no Senado. Ele classificou de falsas as acusações contra Trump, que incluem suas tentativas de anular as eleições de 2020, e disse que os sistemas jurídico e político trataram o republicano injustamente.

LGBTQIA+: posicionado na extrema direita em relação a diversas questões sociais, defendeu no ano passado lei inspirada no projeto “não diga gay” da Flórida, proibindo a discussão sobre orientação sexual e identidade de gênero, assim como assuntos relacionados, em qualquer instituição que receba fundos federais. Ele também se opõe aos cuidados médicos de afirmação de gênero para menores e liderou uma audiência sobre o assunto em julho. (The Washington Post)

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