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Semanas antes do ataque surpresa do Hamas, a inteligência americana produziu ao menos dois relatórios parcialmente baseados em inteligência fornecida por Israel, alertando o governo de Joe Biden sobre o aumento do risco de um conflito com os palestinos, disseram fontes à CNN. O New York Times também informou sobre a existência dos relatórios, que não teriam sido levados ao conhecimento do presidente Joe Biden. O primeiro deles, de 28 de setembro, alertava, com base em múltiplos fluxos de informações, que o Hamas estava pronto para intensificar os ataques com foguetes. Em 5 de outubro, a CIA apontou para a possibilidade crescente de violência do Hamas. No dia seguinte, véspera do ataque, autoridades americanas circulou um relatório de Israel indicando atividade incomum do Hamas. Nenhuma das avaliações americanas continha detalhes táticos ou indicações do alcance, escala e brutalidade da operação que o Hamas perpetrou em 7 de outubro. E não se sabe se essas avaliações foram compartilhadas com Israel.

“O problema é que nada disso é novo”, disse uma das fontes. “Isso é algo que tem sido, historicamente, o normal entre Hamas e Israel. Acho que o que aconteceu é que todos viram esses relatórios e pensaram: ‘Sim, claro. Mas sabemos como será isso.’”

Essas avaliações, no entanto, fizeram parte de uma onda de avisos de alto nível passados à administração Biden pela inteligência americana assim como pela de aliados no Oriente Médio no último ano, levantando questões sobre se os EUA e Israel estavam adequadamente a par dos riscos. O alto funcionário de um país árabe disse que o seu país compartilhou repetidamente com EUA e Israel sua preocupação de que a ira palestina estava a ponto de chegar a um nível perigoso. “Mas nunca ouviam quando avisávamos”, disse. (CNN)