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Estreia nesta terça-feira, no Festival de Cinema Mudo de Pordenone, na Itália, Amazonas, O Maior Rio do Mundo, filmado em 1918 por Silvino Santos. Mas por que esse intervalo de mais de um século entre a realização e a exibição? Porque o original havia sido furtado por um sócio do diretor, que o levou para a Europa e o exibiu como uma produção americana chamada Maravilhas da Amazônia, e desapareceu em 1931. No começo deste ano, Jay Weissberg, diretor do festival, recebeu dos curadores do arquivo Národní filmovì, de Praga, na República Tcheca, um link para ver o “filme americano” e desconfiou que seria, na verdade, a obra de Santos, um português que se mudou jovem para o Brasil e se tornou um pioneiro do cinema nacional. A autenticidade foi comprovada, e o filme, tido como o primeiro longa-metragem filmado na Amazônia, será finalmente apreciado como se deve. Em seguida, vai ser exibido em um festival da República Tcheca e no Brasil. (Estadão)