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José Carlos Moreira Alves, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), morreu de falência múltipla dos órgãos nesta sexta-feira, aos 90 anos, em Brasília. Ele integrou a Corte entre 1975 e 2003, ocupando a presidência durante o período de redemocratização, de 1985 a 1987, ano em que declarou instalada a Assembleia Nacional Constituinte. O velório deve ser realizado neste sábado no Salão Branco do STF.

Nascido em Taubaté (SP), Moreira Alves se formou em Direito em 1955, na Universidade do Brasil (atual UFRJ), onde concluiu o doutorado dois anos depois. Em 1970 e 1971, foi chefe de gabinete do então ministro da Justiça, Alfredo Buzaid. No ano seguinte, foi indicado pelo então presidente Emílio Garrastazu Médici para o cargo de procurador-geral da República. Em 1975, foi nomeado para o STF por Ernesto Geisel.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, afirmou que Moreira Alves foi um dos “grandes juristas da história do Brasil” e “sempre honrou” a Corte. Vice-presidente do Supremo, Edson Fachin disse que a marca deixada pelo ministro “permanecerá como exemplo a ser seguido para as futuras gerações de juristas”. Já Alexandre de Moraes disse que Moreira Alves foi um “grande professor, jurista culto e ministro exemplar” que atuou com “competência, lealdade e grande senso de Justiça”. (Globo)