CPI das Americanas aprova relatório final sem pedir indiciamentos

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A CPI que investiga o rombo contábil na Americanas encerrou suas atividades hoje com a aprovação do relatório por 18 votos a oito. De autoria do deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), o texto não identifica os responsáveis pelas inconsistências de R$ 20 bilhões nas contas da empresa e se limita a fazer sugestões de melhorias legislativas, pedido de reforço no orçamento e no quadro de servidores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo o parlamentar, não foi possível definir “de forma precisa, a autoria dos fatos identificados, nem imputar a respectiva responsabilidade criminal, civil ou administrativa a instituições ou pessoas determinadas”.

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Apesar de aprovado, o relatório foi criticado ao ponto de unir PL e PSOL. “Lamento profundamente o papelão que está sendo feito nessa CPI”, afirmou a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), acrescentando que houve uma “tentativa de blindar acionistas de referências [Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira], os bancos, as empresas de auditoria e fazer um relatório que poderia ter sido encomendado pelo trio de acionistas e pela diretoria da Americanas”. João Carlos Bacellar (PL-BA) concordou com a fala da deputada e disse que o texto de Chiodini “é o relatório da blindagem”.

A CPI terminou sem ouvir o ex-CEO Miguel Gutierrez, que enviou depoimento por escrito, afirmando que os controladores da varejista participavam ativamente do cotidiano da empresa e que a atuação era ainda mais forte na área financeira. Ele disse, inclusive, que tudo era informado a Sicupira. (Folha)

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