Comandante do Exército recebeu apelos golpistas de Bolsonaro

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Jair Bolsonaro (PL) e seu entorno, assim como militares da reserva, pediram um golpe às Forças Armadas. O relato foi feito pelo ex-comandante do Exército general Marco Antônio Freire Gomes em conversas pessoais, com militares próximos, segundo oito oficiais-generais ouvidos pela Folha. Não houve comunicação desses apelos ao Alto Comando do Exército. Após a vitória de Lula, nos meses de novembro e dezembro, Freire Gomes e os ex-comandantes da Marinha Almir Garnier e da Aeronáutica Baptista Junior foram convocados cerca de dez vezes para reuniões no Palácio da Alvorada. Os encontros ocorriam fora da agenda presidencial e eram marcados por celular por Bolsonaro ou pelo seu então ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid. Algumas vezes, Bolsonaro queria apenas conversar com os chefes militares. Outras, defendeu abertamente, juntamente com seu entorno, intenções golpistas para questionar ou reverter o resultado eleitoral, segundo as fontes. A decisão do Exército de não apoiar planos golpistas não foi definida formalmente em reuniões do Alto Comando. Surgiu de conversas entre generais e de consultas de representantes estrangeiros à cúpula militar, como os encarregados de negócios dos EUA no Brasil, Douglas Knoff, e do Reino Unido, Melanie Hopkins, que deixaram claro que haveria forte oposição a qualquer ruptura democrática. (Folha)

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