O extremismo ainda não arrefeceu no Brasil

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A Polícia Federal começou a investigar os suspeitos de agredirem a família do ministro do STF Alexandre de Moraes, um dos alvos preferenciais de insultos bolsonaristas, no aeroporto internacional de Roma. A cientista política e professora Carolina Botelho chama a atenção para o padrão de comportamento bolsonarista, de que podem fazer o que quiser, “ainda mais se forem ricos”. Durante o programa #MesaDoMeio, ela liga o episódio aos últimos quatro anos, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro legitimou atos violentos contra as instituições e as hierarquias.

“Aquele momento é um microcosmo do que a gente viu acontecendo o tempo todo”, comenta Carolina, ao chamar de “burrice” o erro de cálculo dos envolvidos, que atacaram o ministro que “está com a faca entre os dentes” desde o primeiro ano de mandato de Bolsonaro, impondo limites aos atos extremistas.

O cientista político Christian Lynch lembra que a extrema direita foi criada dentro de uma bolha, sendo estimulada constantemente ao ódio. “Isso é o que explica um pouco essa absoluta alienação sobre como as coisas são”, explica. Para ele, esses extremistas perdem a capacidade de ver uma autoridade da Justiça e veem apenas “um comunista, maconheiro, homossexual”. Lynch também associa o incidente à ideia errônea de que, por estarem em outro país, as ações dos agressores no aeroporto italiano seriam inimputáveis.

De Brasília, a repórter especial Luciana Lima conta que as decisões sobre ceder ministérios ao grupo de Arthur Lira (PP-AL) estão suspensas até que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o do presidente da Câmara retornem ao Brasil para conversar. Enquanto isso, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, já se reuniu com o vice-líder do PP na Câmara, deputado André Fufuca e o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), ambos candidatos a pastas no governo.

O editor-chefe do Meio, Pedro Doria, afirma ter ouvido de fontes palacianas que os ministérios de Ciência e Tecnologia, Esportes e Desenvolvimento Social estariam na lista de possíveis negociações para entrega ao Centrão. Neste último, há uma relutância maior por parte do Planalto, mas poderá ser negociado por não demonstrar tanto poder político a seu ocupante. “Bolsa Família nunca elegeu ninguém, além do presidente da República. Ninguém lembra quem é o ministro responsável pelo programa”, explica.

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