Governo vai liberar R$ 150 milhões para estados reforçarem segurança de escolas

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O governo federal vai apresentar em 90 dias um plano de ações para conter a violência nas escolas. Esse foi um dos resultados da reunião ministerial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou tão logo soube do ataque à escola em Blumenau (SC), que deixou quatro crianças mortas.

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O anúncio foi feito após a reunião pelos ministros da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA) e da Educação, Camilo Santana (PT-CE). Outra ação já decidida é a liberação de R$ 150 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública para que os estados possam reforçar as rondas escolares. Além disso, o Ministério da Justiça decidiu ampliar o monitoramento na Internet, em especial na chamada deep web, atrás ameaças de novos ataques. Hoje, a pasta conta com 10 profissionais nessa atividade. Dino informou que esse contingente será ampliado para 50 profissionais.

Também participaram do encontro com Lula os titulares das pastas da Secom, Paulo Pimenta, de Direitos Humanos, Silvio Almeida, da Saúde, Nizia Trindade e da Secretaria Geral, Márcio Macedo.

Segundo Dino, já existe uma preocupação com o próximo dia 20 de abril, quando completam 24 anos do Massacre de Columbine, nos Estados Unidos, que deixou um rastro de 13 mortos e 21 feridos, em 20 de abril de 1999.

“Vamos ter essa ampliação desse grupo de monitoramento, como anunciei, exatamente em razão dessas ameaças, inclusive essas que estão circulando para o dia 20, em alusão a Columbine”, disse.

Para o ministro, ataques como esse representam uma linha constante decorrente do momento vivido pelo país e pela falta de regulamentação da Internet, o que emergiu com força nas escolas. “Esse grupo é dedicado exclusivamente a esse tema da violência escolar via Internet, o que se tornou um imperativo”.

Dino ainda acredita que há uma conexão com a organização de células neonazistas no Basil

“É claro que isso está conectado. Por que acontece essa violência contra crianças e contra jovens? É porque temos hoje uma proliferação de discurso de ódio em várias esferas da sociedade”, concluiu.

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