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De Brasília

A aposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que a turma de deputados e senadores mais identificados com o bolsonarismo e o ex-juiz Sergio Moro, que o condenou à prisão, ficarão isolados no Congresso. Em encontro com jornalistas, Lula disse que esse grupo não consta em sua “lista” de congressistas a serem procurados para qualquer articulação.

“Espero que eles tenham pelo menos alguns amigos lá (no Congresso). Essa gente vai viver isolada porque com o comportamento que eles tiveram é muito difícil as pessoas confiarem, muito difícil. Mas vamos ver”, disse Lula.

“Eles estão começando a vida política deles e têm tudo para provar que são bons de política como eles acham que um político tem que ser. Na verdade, o que eles fizeram o tempo inteiro foi negar a política e aí entraram na política. Quero ver qual será o comportamento deles a partir de agora”, disse o presidente que insistiu em reforçar que não deixará seu governo se mover por coisas do passado.

“Seria um papel muito pequeno do presidente da República, que está com a responsabilidade de governar o Brasil, ficar preocupado com o voto de um senador ou de um deputado federal. Vamos tentar construir uma maioria que permita que a gente tenha capacidade de aprovar as coisas que nós precisamos aprovar no Congresso Nacional para melhorar a vida das pessoas”, disse Lula.

“Tem muitas coisas que vamos fazer que vamos precisar do Congresso. Mas nós não vamos precisar nem de fulano nem beltrano. Essas pessoas nem constam na minha lista de deputado ou senador. Eu, na verdade, quando fui para a Polícia Federal, eu fui para provar a culpa dos que me acusaram. Eu fui para provar, e consegui, que meus acusadores eram imorais, foram levianos no meu julgamento e eu estou muito à vontade porque provei não só a minha inocência mas a culpabilidade deles. Agora, vida que segue”, disse o presidente.