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De Brasília

O MDB apoiará as mudanças no orçamento pedidas por Lula e vai integrar a equipe de transição. O convite foi formalizado nesta terça-feira (8/11) pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann (SC), em reunião com o presidente do MDB, Baleia Rossi (SP). Ele saiu do encontro apostando em um “espírito colaborativo” do partido para aprovar a emenda.

O investimento do PT na aliança, no entanto, vai além. Visa ampliar a base de Lula na Câmara e no Senado e mira principalmente três legendas: MDB, PSD e União Brasil. O objetivo é suplantar numericamente o PL, partido de Jair Bolsonaro, maior bancada eleita, com 99 deputados. A federação liderada pelo PT fez 80 deputados.

Alguns petistas já falam na necessidade de se fechar um bloco parlamentar com MDB e PSD, de Gilberto Kassab, que somaria 164 deputados. Lula poderia contar com uma base de mais 200 parlamentares, contando com os eleitos por partidos coligados. “A lógica que a gente vai seguir é tentar formar um maior bloco possível. Isso é importante para o governo e é importante para o trabalho no parlamento. Quem vai comandar a CCJ? Quem vai ter espaço na Mesa? E essa questão dos blocos é fundamental. Esse é o movimento mais importante”, disse o deputado eleito Lindbergh Farias (PT-RJ).

Baleia Rossi e Gleisi não negam a intenção, mas preferem deixar o assunto nas mãos dos líderes dos dois partidos. “Essa composição de blocos vai acontecer naturalmente, mas será conduzida pelas lideranças das bancadas, tanto na Câmara, quanto no Senado”, disse o emedebista. “Isso será discutido interna corporis. Obviamente nós gostaríamos de contar com o apoio do MDB no processo de governança, com certeza”, acrescentou Gleisi.